segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cinematógrafo

Nasce mais um Cineclube! Motivo de entusiasmo para o público e para a turma que se envolve na realização audiovisual. É o Cinematógrafo Cineclube que chega proporcionando acesso e fruição ao cinema para a cidade de Passo Fundo e região Noroeste do Rio Grande do Sul. Parabéns Rafaela Pavin e demais pessoas envolvidas. Foi graças ao generoso abraço que vocês deram na causa cineclubista que agora temos mais uma opção.

E, para começar, nessa terça-feira, tem a difusão do documentário “Abelardo”, dirigido pela Ane Siderman, somado ao “Super-70”, documentário, e ao “Anônimos”, ficção, dois trabalhos que realizei com uma equipe de primeira em Santa Maria. Ane e eu ainda vamos bater um papo com o público, após a projeção, via web, outra iniciativa que o Cinematógrafo Cineclube nasce demonstrando estar plugado em todas as possibilidades audiovisuais. Vida longa para vocês.  


domingo, 30 de agosto de 2015

Boa Ventura

Tive o privilégio de assistir, em 28 de julho, na sala Eduardo Hirtz, da Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre, ao curta-metragem “Boa Ventura”, adaptação do cineasta Guilherme Castro para a obra “Porteira Fechada”, do escritor gaúcho Cyro Martins, publicada em 1944, e que faz parte da trilogia literária “Gaúcho a pé”, que tem além do Porteira, “Sem Rumo” e “Estrada Nova”.
Guilherme, como já havia feito no primoroso “Terra Prometida”, adaptação da obra do escritor Tailor Diniz (que foi co-roteirista de Castro no Terra), volta ao tema do conflito da terra, da luta de classes, da burguesia exploradora. Sim, não tenho meias palavras para afirmar que o cineasta tem um dom latente em seu trabalho. Filmar com maestria e em um tom poético, silêncios, sons e diálogos, em interpretações que socam nossa cara com a hipocrisia dos “donos de terra” e/ou “urbanos ricos”, diante dos sem terra e/ou retirantes do interior.
“Boa Ventura” é atemporal e tem o grande mérito de refletir nossa história assim como o fez Cyro Martins, que se mantém contemporâneo com os temas que apresenta em sua obra literária.
Guilherme acerta a mão ao relatar a chegada da família Guedes na “casa grande” dos parentes da cidade. Ele coloca o público como cúmplice da forma velada do preconceito dos anfitrões com seus “hóspedes”. Esse preconceito vai se exacerbando até um final emblemático e revelador de uma sociedade materialista e patriarcal. 
Mais de 400 pessoas foram até o lançamento do curta lotando duas sessões e mais um debate, após a segunda exibição.
Gostaria muito de ver o “Boa Ventura”, sendo assistido em festivais, mostras, cineclubes, salas comerciais e cinematecas pelo Brasil e exterior. 
São raros os curtas que tratam com tanta coragem o tema da terra e da luta de classes. Tudo isso somado a um esmero técnico completo de toda a equipe, composta pelo diretor de fotografia, Maurício Borges de Medeiros, montagem do Alfredo Barros, trilha sonora do Hique Gomez, desenho e edição de som do Léo Bracht, direção de arte da Adriana Nascimento Borba, direção de produção da Gina O´Donnell, produção executiva da Graziella Ferst e produção da Aletéia Selonk, da Okna Produções
As interpretações são absolutamente certeiras no filme. Fernando Kike Barbosa, Yonara Karam, Patsy Cecato, Julia Bach, Ana Paula Schneider, Eduardo Cardoso e Eduarda Baches Koche, dão o apelo dramático no tom certo que o enredo necessita. Mérito da direção e do diálogo na construção narrativa com suas atrizes e atores e na produção de elenco da Daniela Silveira.
Não falo mais sobre o “Boa Ventura”, pois gostaria que vocês assistissem assim que puderem. Podemos fazer um bom debate por aqui. O filme é instigante. Assim como foi o debate presencial com o público no final de julho que teve, além do Guilherme, as presenças da Mônica Kanitz(jornalista de cultura e programadora da cinemateca), do Milton Do Prado(montador e professor de cinema) e do Claudio Martins (filho do escritor Cyro Martins e presidente do Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins).
Boa sessão e uma salva de palmas ao “Boa Ventura”. Vida longa para esta obra!


Que horas ela volta?

Regina Casé tira empregadas do papel de figuração em "Que horas ela volta?"

No primoroso filme "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert, em cartaz em várias salas pelo Brasil e exterior, temos as lutas de classes, as acomodações econômicas, a hipocrisia das divisões sociais - não ditas, mas extremamente pulsantes - e o novo Brasil sendo apresentado aos que ainda fazem de conta não entender. 
Um filme que flerta com obras pernambucanas. Uma no cinema e outra na literatura. Refiro-me ao excelente longa-metragem "O Som ao Redor", de 2012, dirigido por Kleber Mendonça Filho, e ao clássico "Casa-Grande & Senzala", livro do sociólogo Gilberto Freyre, publicado em 1933. 
"Que horas ela volta?" é uma das principais obras audiovisuais brasileiras lançadas nos últimos anos e, certamente, é motivo de muito orgulho para os amantes do bom cinema e da cinematografia do país. 
Com um roteiro muito bem construído, produção, direção de arte e fotografia envolventes, o filme apresenta interpretações instigantes e no tempo certo. Nem mais, nem menos, ao encontro do que a narrativa necessita. Regina Casé, impacta com sua personagem Val. E é dela a entrevista na ‪#‎TVCarta‬, que compartilho agora.  https://www.youtube.com/watch?v=NB_FZ9mn3YM
Deixo o convite. Assista e reflita com "Que horas ela volta?".

segunda-feira, 23 de março de 2015

O cinema que Santa Maria faz

Na última quinta-feira (19/03) tive o privilégio de assistir ao lançamento do filme santa-mariense, "Quanto mais suicidas, menos suicidas”, curta-metragem de humor dirigido por Maurício Canterle. A exibição aconteceu na Sala Eduardo Hirtz, da Cinemateca Paulo Amorim, da Casa de Cultura Mario Quintana, com público que lotou o espaço.

Além de reencontrar muitos amigos nos instantes que antecederam a sessão – o que foi um momento de regozijo – tive o prazer de ver, refletir e debater o filme e a produção santa-mariense na telona. As realizações audiovisuais da cidade são orgulho para muitos.

O texto que segue é de contemplação e reverência a um filme muito bem elaborado. É no elogio ao filme que centro minhas palavras.

Trabalhar com um tema delicado como o suicídio não é tarefa fácil. Fazer humor genuíno no cinema também é uma questão difícil. Quem já sentiu o gosto da pólvora ou a falta de chão – metaforicamente, se quiserem – entende que é uma linha tênue que divide o acertar a mão no roteiro e na direção ao tratar de um assunto tão denso para muitos. Eles conseguiram. Com humor, insisto.

A noite reservou uma produção ímpar. Não há uma das funções que não tenha corroborado para que o curta chegasse ao ótimo resultado. E são muitas as funções. Destaco algumas para reiterar esse desfecho.

Começo pela direção do Maurício. Vejo nele um grande talento para essa função não é de hoje. Digo isso, pois a preocupação dele com o resultado final é evidente. Lançar é uma coisa. Fazer tudo para que esse lançamento seja o mais coerente com o que tu queres mostrar é outra. O Canterle pensa no que vai chegar à tela. E o principal, como vai chegar.

E se ele conseguiu fazer o que desejava foi porque a Luísa Copetti e o Paulo Teixeira, diretores de produção, conseguiram deixar tudo pronto para isso.

As interpretações do Zé Vitor Castiel, Rafael Pimenta, Jader Guterres e do Tiago Teles estão no ponto do humor. Um completa o outro num sarcasmo desvelado ao correr de cada cena, na montagem do próprio Canterle. E o decorrer é amplificado pela exímia trilha do Márcio Echeverria. 

A direção de arte da Luísa Copetti está rigorosamente no ponto. Nem mais, nem menos. A cada filme a Luísa ratifica o diálogo da arte com a direção de fotografia, no caso do Rafael Rigon - revelação que se afirma a cada novo trabalho, com parceria perfeita na cor do Renan Casarin, na maquiagem da Bárbara Degrandi e no roteiro, já destacado, escrito pelo Tomás Fleck.

E tudo isso foi possível, porque produtores executivos escrevem o projeto, inscrevem em leis e fazem a carruagem rodar. No caso, premiados pelo sistema Pró-Cultura – FAC – Fundo de Apoio à Cultura – 12º Prêmio Iecine da Secretaria de Estado da Cultura. Parabéns Christian Lüdtke e Daiane Marin. Palmas às empresas Finish Produtora e D. Marin Plannejamento Cultural, além da sempre colaboração e incentivo aos projetos de Santa Maria, da produtora Juliane Fossatti.

Realizações como essas só demonstram o quanto Santa Maria tem um dom inato para o cinema. Exemplos não faltam. Nossas produções, cineclubes, cinemas de calçada, festivais e talentos para a arte das imagens em movimento. Estão aí o Maurício e sua equipe para dar mais uma prova disso.

Sou um bairrista. Todos que me conhecem sabem do amor que nutro por minha terra natal.

E para os santa-marienses, a oportunidade de ir ao lançamento será nesse segunda (23/03). O filme será exibido no Cineclube Lanterninha Aurélio da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria – CESMA. A sessão começa às 18h. Assista ao teaser com o link abaixo.

Encerro afirmando – ou seria gritando - Santa Maria é um polo cinematográfico, onde há décadas muitas pessoas e iniciativas são protagonistas. Virar-se de costas para isso é um absurdo inaceitável. Entendam como quiserem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Mostra Cine Desde La Frontera

A Sala Eduardo Hirtz, na Casa de Cultura Mario Quintana, recebe a Mostra Cine Desde La Frontera nos dias 11 a 13 de dezembro (quinta até sábado) com entrada-franca, às 19h30min.

O evento é uma proposta do Fórum Entre Fronteiras, co-produzida com o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA) e o Instituto Estadual de Cinema no Rio Grande do Sul (IECINE-RS).



A mostra conta com curadoria de Luiz Alberto Cassol, Roly Ruiz e Axel Monsú, membros do Fórum Entre Fronteiras. Além disso, a mostra terá legendas em português dos filmes inéditos argentinos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Foro Entre Fronteiras

Foro entre Fronteras

23 de julho de 2013 às 15:48
En el año 2008, en el marco de la 5ª edición de Oberá en Cortos, se conformó el Foro Entre Fronteras. Desde ese momento e ininterrumpidamente, el Foro ha funcionado de manera itinerante en distintas sedes del Nordeste Argentino, Sur de Brasil y Paraguay. Hoy celebramos la vigésimo primera reunión en este espacio simbólicamente tan importante que es la décima edición de Oberá en Cortos.

Entre Fronteras se conforma como un foro itinerante de carácter participativo y horizontal que se propone vincular organismos estatales, organizaciones independientes, no gubernamentales y profesionales que trabajan en la producción audiovisual de la región.


OBJETIVOS:

  • Diseñar y coordinar políticas para el desarrollo audiovisual, apuntando a disminuir las asimetrías entre los grandes centros de producción audiovisual del Mercosur y la región conformada por NEA-Litoral argentino, sur de Brasil y Paraguay.
  • Impulsar y coordinar redes de comunicación e intercambio profesional, entre los distintos sectores involucrados en la producción audiovisual de la región.
  • Generar espacios de formación, capacitación e investigación en campo audiovisual, apuntando a la profesionalización y a la calificación laboral de la actividad.
  • Crear y garantizar sistemas de exhibición, distribución, difusión y comercialización.
  • Propiciar una Industria Cultural técnicamente viable, económicamente sustentable y socialmente justa. Sus contenidos estarán fundados en la identidad común de la región y la diversidad cultural.


BALANCE DE LOS PRIMEROS CINCO AÑOS
Muchos son los objetivos cumplidos a lo largo de estos cinco años. En 2010 se produjo la serie de coproducción documental Parcerías Entre Fronteras, que reunió bajo el concepto de integración regional y economía social a técnicos y profesionales de los tres países. Estos cuatro documentales fueron la concreción del diseño de políticas del Foro Entre Fronteras, que firmemente cree que hay una forma diferente de producción audiovisual.

Asimismo, se han seleccionado, exhibido y distribuido Muestras de Cine Entre Fronteras, compuestas de realizaciones audiovisuales de los miembros del Foro, bajo la idea de que el contacto con el público cierra el proceso de creación. Estas muestras han itinerado por más de 50 festivales de los tres países, desde su primera edición en 2008 hasta la que integra la 10ª edición de Oberá en Cortos.

A lo largo de estos cinco años el Foro Entre Fronteras ha brindado espacios de capacitación, creando una red de talleres audiovisuales en diferentes sedes de los tres países. Más de 30 talleres de todas las ramas de producción y análisis audiovisual han acercado a cientos de estudiantes y productores una posibilidad de intercambio y desarrollo personal. Como fruto de estos talleres se han realizado numerosos proyectos de integración regional, desde cortometrajes hasta experiencias transmedia.

El Foro Entre Fronteras se ha constituido en estos años en un espacio de referencia regional, a través de la participación en las instancias de discusión de las políticas audiovisuales en los tres países. Se ha erigido como un interlocutor válido para los Organismos gubernamentales y no gubernamentales en el diseño de políticas audiovisuales adecuadas a la región.

Cada una de estas acciones está regida por la firme creencia de los integrantes del Foro Entre Fronteras, que sostiene que la producción audiovisual tiene potencia de transformación social, al tiempo que moldea realidades. Pensamos la cultura como espacio de resignificación y acción política fundamental en los procesos de integración regional.

El Foro Entre Fronteras ha tomado este encuentro como un espacio simbólico de balance de lo realizado durante los cinco años desde su conformación. Los sueños que nos reunieron se han transformado, en buena medida, en realidades tangibles. Muchas son los cambios necesarios y hasta urgentes, por lo que nos comprometemos a enfrentar los nuevos desafíos por delante. Algunos de los territorios a transitar son:

  • Reforzar la colaboración e intercambio cultural;
  • Fortificar la comunicación entre las organizaciones para difundir sus acciones y problemáticas como fortalecimiento de nuestra identidad;
  • Desarrollar coproducciones sin fines de lucro con objetivos culturales y políticos (no partidarios);
  • Reflexionar sobre la cultura de trabajo cooperativo y colaborativo;
  • Profundizar nuestra actuación en el diseño de políticas audiovisuales a nivel local, nacional y regional.

En ese sentido, y como balance final, los miembros del Foro Entre Fronteras nos comprometemos a profundizar los objetivos cumplidos y a enfrentar los nuevos desafíos.


Oberá, Misiones - Argentina. Julio 2013


(Luiz Alberto Cassol / publicado em julho de 2013)

Cinemas: a Cidade Cultura requer. Não é aceita recusa

Artigos são para emitir opinião. O resto é balão de ensaio.  Parece óbvio como sempre digo. Não é. Tem coisas que é preciso que sejam repetidas. O último artigo que escrevi, aqui neste espaço, surtiu muitas controvérsias e pessoas tentando pautá-lo. Pois é. Artigos são escritos exatamente para matutar sobre. E o contraditório é necessário e bem-vindo.

Vamos ao tema desse artigo.

Sou um defensor de cinemas de calçada. Acho um cinema de calçada poético, sensível e com tez própria. Cinemas de calçada ou de rua são aqueles que tu entras direto da calçada à sala. Então, uma cidade como Santa Maria merece ter um cinema de calçada. Assim como tem vários Cineclubes, faz jus ao seu romântico e fiel cinema de calçada.  E, da mesma forma, também sua população não pode ser privada de outras opções, como os cinemas de shopping, por exemplo.

O fechamento das salas da Movie Arte Cinemas no Santa Maria Shopping é uma perda irreparável para a cidade. Não interessa se um dia, um mês ou um ano. O raciocínio que faço aqui é bastante objetivo: como fica o espaço temporal onde uma comunidade fica sem a opção de ir ao cinema, sendo essa uma opção de um filme voltado ao entretenimento ou à reflexão?

Vou fazer um exercício prático e lógico. Vamos reduzir hipoteticamente a cidade a cinco quarteirões no entorno do Shopping citado. Essa população está privada de ir ao cinema. E quanto isso vale em termos psicológicos, históricos e culturais para esses cidadãos. Refiro-me ao “não poder optar”. No caso do fechamento das salas não há opção. Essas pessoas a que me ative estão sem alternativa. Não se trata da parte desse público que vai ou não; se trata que nenhuma parte desse público poderá ir. E isso não tem valor. São indivíduos ceifados da possibilidade de ir.

Por isso defendo que a administração do Santa Maria Shopping deveria ter feito todo o esforço para a manutenção desse espaço cultural. Tentar de todas as formas possíveis e imagináveis fazer com que os espaços ficassem lá.

O jogo dos grandes distribuidores é muito pesado. Vou resumir ao máximo como acontece o negócio. Os grandes distribuidores – usando um número hipotético – distribuem cem filmes de longa-metragem ao ano. Desses, dez, os chamados blockbusters, 99% americanos, vão sustentar a bilheteria dos outros noventa.  E esses grupos de distribuidores fortíssimos no mercado ofertam seus filmes a grandes grupos exibidores. E aí os menores, como no caso da Movie Arte, muitas vezes ficam a mercê desse escala devassadora. É bom lembrar sempre que a indústria do entretenimento (cinema e audiovisual juntos) é a segunda maior indústria americana, perdendo apenas para a do armamento.

Então, é nessa hora que o Santa Maria Shopping e a comunidade devem se unir exatamente para não deixar fechar mais essa opção. Pois com divulgação e trabalho conjuntos o cinema se torna viável.  Caso contrário temos um paradigma: o da perda da possibilidade de ir a um lugar que se deseja para ver um filme e refletir, sorrir, ambos, o que for. Perde-se. E, ao aniquilar isso, no espaço e no tempo fica como algo que não existe na rotina, no cotidiano, na opção.

A administração do Santa Maria Shopping tem que entender que a cultura é pulsante, é vibrante e é um bem intransferível, intransponível.  “Entendo” que uma empresa privada tenha como principal objetivo o lucro. Mas também sei de sua responsabilidade social para com a comunidade onde está inserida. E a cultura integra e é fundamental ao desenvolvimento dessa comunidade.

Espero que isso seja revertido. Que a Movie Arte Cinemas consiga novamente seu espaço em Santa Maria. A Cidade Cultura merece. Ou melhor: a Cidade Cultura requer!

Luiz Alberto Cassol
02 de dezembro de 2014